A inflamação pode ser aguda ou crônica.
A
inflamação, também chamada de processo inflamatório, é uma resposta natural do
organismo contra uma infecção ou lesão do tecido com o objetivo de destruir os
agentes agressores. Ela faz parte do sistema imunológico. A inflamação termina quando o agente agressivo é
eliminado e os mediadores secretados são destruídos ou dispersos. Quando o agente agressor não é destruído
prontamente ou o material necrótico não é reabsorvido ou eliminado (abscessos
por exemplo), ocorre a inflamação crônica.
Sintomas da inflamação
O tecido
inflamado apresenta os sintomas típicos da inflamação que são:
- calor;
- rubor (cor avermelhada);
- tumor (ferida);
- dor.
Estes
sinais flogísticos também são chamados de tétrade de Célsius. Se não resolvida
à tempo pode haver perda da função do órgão ou tecido inflamado.
Embora
desejado esse processo pode também representar uma agressão aos tecidos e
o seu controle é desejável em muitas situações, como nas inflamações da
garganta ou do ouvido, pneumonias, artrites e meningites, por exemplo.
Mediadores da inflamação
Os
mediadores da inflamação são:
- Aminas vasoativas: Histamina, serotonina.
- Neuropeptídeos: Substância P.
- Proteases plasmáticas: cascata de cininas, coagulação e fribrinogênese.
- Metabólitos do ácido araquidonico;
- Fatores de ativação das plaquetas;
- Citoquinas;
- Monóxido de azoto;
- Radicais livres;
- Constituintes lisossomicos.
Inflamação aguda
Se inicia rapidamente e tem uma duração
relativamente curta, de alguns minutos a várias horas ou alguns dias; suas
principais características são a exsudação de fluido e de proteínas plasmáticas
(edema) e a migração de leucócitos, predominantemente neutrófilos.
Resultados da Inflamação Aguda:
Devemos sempre levar em conta a
natureza e intensidade da lesão, o local e tecido acometido bem como a
responsividade do hospedeiro.
1. Resolução completa: resolução - o resultado habitual quando a lesão é
limitada ou breve; ou quando há pouca destruição tecidual.
2. Formação do abscesso: ocorre, sobretudo quando há microorganismo piogênico.
3. Substituição por tecido conjuntivo: fibrose - ocorre após a destruição tecidual significativa; quando a destruição envolve células que não se regeneram ou quando há exsudação de fibrina abundante.
4. Progressão da resposta para a inflamação crônica: a transformação ocorre quando o processo agudo não consegue resolver a lesão em decorrência da persistência do agente nocivo.
2. Formação do abscesso: ocorre, sobretudo quando há microorganismo piogênico.
3. Substituição por tecido conjuntivo: fibrose - ocorre após a destruição tecidual significativa; quando a destruição envolve células que não se regeneram ou quando há exsudação de fibrina abundante.
4. Progressão da resposta para a inflamação crônica: a transformação ocorre quando o processo agudo não consegue resolver a lesão em decorrência da persistência do agente nocivo.
Inflamação crônica:
Tem uma duração maior e está histologicamente
associada à presença de linfócitos e macrófagos, à proliferação de vasos
sanguíneos, fibrose e necrose tissular5.
- Infecção persistente por certas bactérias como, por exemplo, o bacilo da tuberculose
- Exposição prolongada a determinadas substâncias irritantes tais como a sílica
- Reações autoimunes como, por exemplo, no lúpus eritematoso sistêmico.
Características morfológicas
- Infiltrado inflamatório por células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos)
- Destruição tecidual que é produzida pela persistência do agente agressor ou pelas células inflamatórias
- Tentativa de reparo que produz tecido conjuntivo.
Os macrófagos
são as principais células da inflamação crônica e acumulam-se no foco
inflamatório por três mecanismos: Quimiotaxia,
Proliferação de macrófagos no
foco inflamatório e Liberação no foco inflamatório de um fator de inibição da migração de macrófagos,
que os impede de abandonar o foco inflamatório.
Outras células importantes na inflamação crônica são: Linfócitos, Eosinófilos, Mastócitos, Leucócitos polimorfonucleares.
Efeitos
sistêmicos da inflamação:
- Febre - é produzida como resposta a substâncias (pirógenos) que provocam a liberação de mediadores que agem no hipotálamo, desencadeando a liberação de neurotransmissores que reprogramam o nosso termostato corporal para uma temperatura mais alta. É um mecanismo de defesa.
- Proteinas da fase aguda - proteina C reativa, fibrinogênio, proteina amilóide A sérica são produzidas pelo fígado e aumentam nas infecções, podendo ser dosadas ou indiretamente estimadas para diagnóstico. Em infecções crônicas, a produção continuada de proteína amilóide A sérica pode levar à amiloidose secundária.
- Leucocitose - ocorre por causa do aumento da liberação de leucócitos pela medula óssea (estimulada por citocinas), inclusive leucócitos ainda imaturos.
- Sepsis - em infecções bacterianas graves, a grande quantidade de bactérias ou de lipopolissacarideos bacterianos presentes na circulação provocam a produção de grande quantidade de citocinas que por sua vez desencadeiam coagulação intravascular disseminada, consumo de fatores da coagulação e hemorragias.
- Outras manifestações - taquicardia, tremores, calafrios, anorexia, sonolência, palidez.
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